quarta-feira, 30 de maio de 2012

Na rádio toca pop


Quem não quiser que se foda. Estou a escrevê-lo de olhos fechados. Pouco me importa como flui. Se é bom, nada mais merece. Se mau, podes ficar com ele apenas em caso de últim recurso.
Não faço ideia do que falo, bem verdade. Mas pode a dúvida ser verdadeira sem razão? Meh, talvz.
Te juro que estou de olhos vendados. Digamos antes, não escrevo como leio Não leio o que escrevo, melhor dizendo. Dizes-me tu depois se foi bonito ou nem por isso. As gafes e erros de ortografia são mesmo assim. Porquê? Sei lá! Apeteceu-me. Acho que troquei aqui algures um ponto por um hifen. bah, caguemos no politicamente correcto, sim?

Já te diseram que és bonita? A sério que és. o tipo que está a cantar (não sei o nome dele) concorda comigo. It's oh so good and it's oh so fine, diz ele. Não sei do que fala. Mas eu só falo de ti. E tudo o que ele me diz é sobre ti, pelos vistos. Ouvi um "she", acho.

Voltemos ao tema. Havia? Acho que havia. De que raio estava eu a falar?... Pronto, arranja-me um novo. Pode ser? Queres falar do qu~e? Pera aí! Acabei de pôr um til num "quê"? Eestou tolo. Mas queres falar do T4? Ou Tê-quatro, para os lisboetas. Nah, os lisboetas não escrevem tê-quatro, só o dizem. Bem, mas isso também nós.... Será que a escrita se torna maçadora assim? Ou mais entusiasmante? Eu não sei, não consigo vê-la.

Deixa-me fazer uma pausa, por favor.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Shiu

Sou louco rasgado no tempo pela saudade de falar. Antes, de quem me ouça. Não há orelhas que aguentem, infelizmente. Daí que fale ao ar que não grita e à terra que não mexe. Coitados. Não têm como fugir.

Queixo-me de ninharias estúpidas na pele de quem se julga importante juiz da palavra. Que me acho digno de voz merecedora. Tenho muito que contar, e de muito valor. Não o julgo dos homens, obviamente. Virtude minha, unicamente minha. Cedo a dúvida às formosas apenas porque preciso de justificar a sua formosura. Calha que não as haverá indignas! Calha ingénuo. Se de mim projectam, de mim são reflexo. E nelas vejo nada mais que simples pleno erotismo. O resto é desculpa. Não há nada que lhes valha aquém do rio. É delas a travessia. Barqueiros assim. Quando as não vires chegar, não esperes. Barqueiro és.

Peço perdão. Não te pretendia ofender... Tanto. Por isso um beijo. E por detrás da mulher não vejo a cor. Não preciso. Há que ter fé! Mas minto... Outra desculpa. Quero saber! É no mistério que se reside o impulso. O que me rende inerte em atracção. E não é de amor. É de conforto e bem-estar e bom coito. E o resto é romance. Não que não sinta, mas não é relevante.
Fica agora pedir que poupes a vista da escrita cansada e te rendas ao calor que imaginarás. E do calor brota o conforto, e bem-estar. Da sua libertação, o sexo. Aos púdicos farto-me de desculpas e outros uis. Que se fodam, e que fodam com prazer.

Quando cá chegas, sentas-te ao lado e suspiras. Não falas por vários minutos. Sabes que não te quero nessa voz. Antes há que mudar, melhorar. Tirar prazer de cada som. So aí falas. E dizes: "Anda." E eu vou. Porque a palavra é tua na voz que era minha. Do tempo em que ninguém sabia falar e os pássaros eram dois. E um de verde e um de negro, e dois de branco eram meus lábios frios e expectantes. Ora, não caindo a chuva, não há razão para te escrever com saudade.
E no entanto.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Devagar

Na verdade, só não te escrevo porque me ressinto na palavra. A tinta fala diferente: quer ser lida, conhecida. Mas não posso, ou quero. Sinto-lhe a nojice na voz. A cona implícita, lembras-te? Mais tarde, provavelmente. Se não fosse o palavrão, a escrita seria pura. Dissaborosa, portanto. Tudo o que é branco é monótono. Fora o sexo obviamente. Lá está, falta pudor.
Não sejas marota, peço à palavra. Mas és tu que me lês assim. Se pedires à Dª. Célia que leia a frase não se lhe lembra o falecido marido que ficou coxo no Ultramar. Isso és tu que me enches a página de erotismos teus próprios. Não que me queixe, de todo. Até gosto de foder e de o dizer (ou escrever), é só que queria manter o parágrafo limpo, percebes? Com algum sentido de virgindade, mesmo que falsa.
Tentativa inútil pois bem. Adiante, sejamos porcos imundos fodilhões. Sejamo-lo dignamente. Com toda a nobreza e orgulho devido. Falemos de conas e caralhos e do bem que nos fazem. Façamo-lo abundante e abusivamente. E lê-me nu, todo, como só me conheces. E não cores ou desvies o olhar. Lê-me impudente e fode na certeza que me fodes todos os momentos já.

Há duas portas em branco num terreno de palha, sim? Ao fundo, a tua cona brilha nojenta. Se faço o texto por capricho teu, faço-o com as minhas palavras. Aqui vês a badalhoquice do que és tu em mim. Daquilo que só sei dizer aqui. Do que só o sémen e o sangue sabem na sua sodomia saborosamente subtil. Sabê-lo é senti-lo da forma que te falta. Gorda e lívida a palavra foge pelo canal, teu canal. Se orgasmas, grita-o. Não te gosto calada e franzida.
Mas dizia. A tua cona nojenta não me cheira ao perfume, nem às comidas, não tem côr do teu cabelo, nem dos olhos, não se afigura beijável como boca. Aí te encontro. A ti. Sem nome nem traje nem palavra nem cara nem ideia nem decisão. Nada do que és, tudo o que detestas, contido naquilo que desprezas. E contudo és tu ainda. Já to disse várias vezes, mas apenas quando reparo. Sem julgamento. Sem passado. Sem experiências. Sem saberes ou quaisquer diferenças. Sem sequer pensar. Porque vai mais fundo quem não pensa em tentar. Sem purezas nem princesas. Imunda e nojenta, tu. Sem recordações. Livre de escolhas e de outros que não nós. Perdida no luxo do coito. E és feliz. Num estado do inteiramente sexual. Fora dos eixos. Porque o importante é a foda, e eu fodo agora.

Sei que não gostas. Sei que me estraga. Pouco me aflige. És tu. E veres-te como eu vejo vale a pena não te ver.

Deixa-me perguntar agora quando disto percebeste? Quanto desprezaste por juízo caprichoso? Do sexo partilha-se apenas o coito, acreditas. Se engolires o conceito, se entenderes a palavra, sabe-o. Se por força maior o sentes, encontra-me no bordel a filosofar.

sábado, 6 de agosto de 2011

Que linda falua que lá vem, lá vem

Ora onde íamos nós? Queres um amo-te? Muito bem. Rode a roda Sr. Alcino e veja a sorte da menina! Saiu «amo-te»? Não? Temos pena senhorita. Fique com o prémio de consolação: «tens um rabo jeitoso e um peito de sonho». Como foi concorrente exímia até lhe ponho uma oferta extra: «davas uma boa foda com certeza». E por apenas mais dez euros ainda junto um chuto no cu.
Que tal? Menina aceita ou compra bilhete para rodar outra vez?