segunda-feira, 28 de junho de 2010
Politiquice
São os dias infindáveis, as horas difusas,
Diálogos mal-estudados e intermitentes
Do procurar pérfidas nojentas musas.
Um homem sai, e a casa volta a ser deles.
É a chuva que cai nas calçadas lamacentas,
A dúvida atroz que a morte desperta,
A torrente insípida que lava as tormentas
E o moço que corre de mente certa.
Ingénua leveza de julgar que se canta
As novidades tornadas em novos saberes.
Sem nada conter, o povo alcança
Fracos pensares com meros dizeres.
E os homens que regem, que falam de nós
De longe e bem alto em tronos postiços,
Não tomam acção senão pela voz.
E o povo especado de olhos mortiços.
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