quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Utrecht CS

Lembrei-me hoje da sorte que tenho. Não ao jogo, claro. Se bem que ao amor também me falta. Não. Digo sorte na vida. Sorte em quem sou, como sou, quem conheço, o que sei e o que vejo. Preciso notar que tenho noção de que esta é uma sorte algo diferente. Não creio no acaso. Não creio no destino também, já agora. Mas não penso que pense como penso por mera sorte. Como se a lógica que uso fosse obra dos deuses.
Não. Digo sorte de fortuna. De serendipidade.

Tomei as rédeas da vida que é minha. Adivinho coisas boas.

Levante

Enquanto não muda o rumo, fica o caminho o mesmo. Não é de forçar, mas urge mudar, escapar. Não faz qualquer sentido continuar. Aliás, não faz qualquer sentido não aproveitar. Isto de perder tempo é puramente despropositado. Não achas?

Brancos

Porque por muito que olhe vejo-os brancos. Do lume que já se apagou, por certo.

Não tenho grande curiosidade. O saber e o conhecer - o mundo, a cidade, a cama ou o sonho - não me prendem. Estou aqui não pela vontade de ver, mas pela de sentir. Sentir a cidade e o mundo e o sono mas não o sonho. O sonho mente. Mas isso é para outro dia. Hoje estamos diferentes porque onde estamos o é também. Caso não aprenda a lição aqui, cá voltarei, pois é aqui que pertenço. Apenas não com eles.

E se o vento os não ilude, tampouco a chuva os ilumina.
E há que ver que nem todos os deuses nos ditam a sina.



(pelas ruas onde os carros andam ao contrário e os tickets custam libra e meia)