sábado, 17 de outubro de 2009

Novidade


Inocente menina. Ainda não te dei um pássaro. Tenho tido pouca inspiração. Pensei em te fazer um outro tentilhão, mas vir em terceiro não é coisa que te calhe bem. Não. O pássaro que encarnares deve ser original, único. Pela mesma razão, não te posso passar o pisco: nojice em segunda-mão. No entanto, julgo que terás grandes semelhanças com os tentilhões. Pelo que não te deverás afastar muito da sua família...
Pensei em toutinegra, talvez rabirruivo, mas não sei... Provavelmente serás um rouxinol, ou pintassilgo, talvez... Terei que me decidir em breve. Não suporto ver-te e não te poder associar. Que uma rapariga sem pássaro é quase que nua e vazia. É preciso preencher o espaço com metáforas e alegorias várias. Quantas mais, melhor!
Mas agora a sério... deixas-me de sorriso na boca. É agradável estar assim. Beijo.

E perguntas se gosto mais do teu cabelo liso ou ondulado. Mas que raio de pergunta foste tu fazer? Deixas-me desconcertado, no bom sentido. Quanto me ri nesse dia! Ah... tão boas memórias tenho... de todas as perguntas que podias fazer... really... sigh... tão inocente, querida mesmo... a maneira como me olhaste, quase bebendo a minha opinião com todo o interesse, toda a adoração, como se te estivesse a dar o segredo da eterna felicidade... uma receita tão delicada que à mínima distracção seria perdida.

Estou contente por ti. Aliás, estou contente contigo. Beijo.

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