domingo, 11 de outubro de 2009

Redstart


Ultimamente tenho andado aluado. Como se diz... feliz. Anseio pelo final do dia, não pelo descanso do trabalho, mas pela expectativa de te ver. Gosto tanto de saber que chego a casa e estás á minha espera. É-me tão quente o amor que me dás. Esses olhos, que me abraçam tão ternamente, inexplicavelmente belos. Tu, meu amor - meu deus! - que te amo tanto! E que ainda jovem, menina e moça, te amo tanto...
Gosto deste nosso casamento que ninguém suspeita. Que chego exausto a casa e chegas tu de onde vens, e estás ali, para me ver, para me ouvir, como estou eu para ti. E sabe bem saber que por mais que te fale, não te cansas de mim. É tão... não imaginas quão importante és. E ah! que te amo tanto!

Já vou nas ruas a imaginar como será por aí. Se aqui faz sol, lembro as chuvas londrinas. Se aqui chove, penso nos ventos que te levavam os preciosos umbrellas de plástico. E as galochas vermelhas, e o cabelo molhado, e eu a chamar por ti, e os autocarros de dois andares daquele vermelho tão vivo, e os passeios alagados, e as sarjetas entupidas, e os edifícios velhos e sombrios, e o nevoeiro da manha, e como Londres me fez tão bem... e eu a chamar por ti... pelas ruas negras onde os carros andavam ao contrário e os tickets custavam libra e meia. E a tua casa, e o dad na poltrona a ver o manchester, e quantas saudades tenho... e que te amo tanto...
Mas que nos vemos todos os dias, e que todos os dias posso gritar aos céus que te gosto e que te quero, e que todos os dias me olhas e me sorris daquela forma tão única, tão singular, que só tu me fazes feliz como fazes. Tão bela! Tão tu! Que te adoro mais do que alguma palavra to possa dizer. Amo-te tanto!

Vou ao Reino só por ti. Não tenho qualquer outro plano senão o de te ver e te beijar. Que Rainha não vejo outra que não tu. E por ti cruzo os mares, e terei a chance de o fazer assim mesmo. Qualquer desculpa serve! Não quero saber do que acontece depois. Amo-te! Amo-te tanto! Tu, meu amor!

Que só teu nome me inebria, me exalta, me ferve! Que já não sei que escrever! Que já minhas mãos trabalham por si, que já só penso em ti, serena e feliz em fundo londrino. E meus pensamentos já não fazem sentido algum, porque já neles deixei de concentrar minha mente. Estás em todo o lado: na mente, nos olhos, nas mãos, no coração, no papel e na caneta, estás na música que ouço e enquanto morosamente trabalho estás na voz de quem me ensina. E não! Ah! Que me dói o quanto te amo! E saber que me amas mata-me! Mais vivo que nunca! E suspenso no ar, levito, e te amo! E quanto te amo! Tu, meu amor!

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